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“ROUPAS DE USAR EM CASA” – ME DEI O DIREITO DE DESCARTAR O QUE NÃO ME TRAZIA ALEGRIA!

  • Foto do escritor: MARCIA AFONSO
    MARCIA AFONSO
  • 2 de jun. de 2021
  • 4 min de leitura



Nada define melhor o conceito de riqueza do que a liberdade de escolha. @gustavocerbasi


Ao ler o livro “A Riqueza da Vida Simples” do Gustavo Cerbasi me deparei com um novo olhar sobre o sentido da vida, dos bens materiais, dos nossos propósitos e objetivos. Uma vida rica pressupõe a realização de sonhos. Em vez de abrir mão da qualidade de vida para manter um padrão incompatível com sua realidade, o autor propõe adotar uma vida minimalista e ter fartura apenas do que é genuinamente importante para você. Como digo, não tem a ver com abrir mão de todas as posses e viver de “luz”, tem a ver com observar a vida de forma diferente, dando importância e valor aquilo que realmente importa, o que te faz feliz.


Lembro de uma passagem que li, e confesso que aproveitei a vontade de escrever para refolhar meus livros, acredito que na “Magica da arrumação da Marie Kondo, sobre a nossa relação com a roupa velha, surrada, a qual na maioria das vezes acaba ficando em nosso roupeiro como look para ficar em casa, e o quanto desrespeitávamos nosso momento de lazer, de estar em casa, usando algo tão velho e sem graça. Porque não valorizamos um momento que é nosso, pessoal?


Uma espiada rápida nas minhas roupas – nem precisava pois já sabia – retirei todas as roupas de “usar em casa” foram doadas, algumas nem me animei e foram para o lixo. Tal só foi possível após uma reflexão que divido com vocês pois pode ser a postura de muitos frente a sua vida e ao seu dia a dia.


A vida é um corre-corre e muitas vezes dizer às pessoas quando perguntam como estamos: - Ah bem, sempre correndo - era algo que me incomodava bastante, gosto de ter muito para fazer, sou agitada por natureza, mas a inquietação do meu espírito tinha outro significado, não rimava com correria, a minha inquietação tinha a ver com conquistar algo, com fazer acontecer, com estar presente, com dar significado à minha vida. Comecei a mudança já ao responder aos questionamentos – Estou bem, uma rotina tranquila. As pessoas se surpreendiam, muitas vezes nem falavam eu notava pois só a fisionomia já demonstrava. E a partir daí comecei a dar mais sentido aos meus dias, a perceber pequenas mudanças que eram necessárias para que eu pudesse compor essa rotina produtiva, mas tranquila.


Em épocas passadas, não me permitia estar em casa sem “fazer nada” tomar um cafezinho, contemplar o sol, em especial em horário de trabalho, imagina, só queria ser produtiva, e era o que menos acontecia e quando acontecia, não tinha o mesmo sabor de conquista.


Somente após tantas leituras de organização, de vida com propósito, de minimalismo - vou aqui colocar um conceito bastante simples sobre isso - de valorizar-se e de conseguir ter um dia onde possamos incluir pequenas pausas, foi que iniciei uma mudança radical, lenta, mas transformadora. Afinal, não se muda da noite para o dia.


Muitos torcem o nariz ao ouvir a palavra minimalismo – penso que até eu já o fiz – pois parece viver sem nada, pé no chão, pouca coisa, orgânico, algodão ... minimalismo não tem a ver com se livrar das coisas que você ama, mas com se livrar das que desviam sua atenção daquilo que você ama, uma vida livre de excessos materiais e com novo propósito. (Joshua Becker – A casa minimalista). Ainda vou reunir esses dois livros num texto...


Mas onde foram parar as roupas de usar em casa? Precisava falar um pouco antes de entregar o tesouro para vocês. Bem após aquela espiada com doação e roupas levadas diretamente ao lixo, segui outra dica da Marie Kondo - ela tem algumas coisas bem legais - tudo que separei que não me trazia alegria, que eram roupas que não usava há algum tempo ou que não tinham mais a ver com o meu estilo, e já falei dele em post anterior, peguei-as uma a uma, agradeci por terem me servido e desapeguei...


Segundo a Marie “ao se desapegar de coisas que faziam parte de sua via com um sentimento de gratidão, você demonstra seu reconhecimento e o desejo de cuidar melhor de si mesmo.” Eu chamo isso de Sabedoria. O sentimento de leveza e o reconhecimento da pessoa especial que sou foi instantâneo. Separei minhas roupas não mais por categoria de sair, de ir trabalhar, de ficar em casa, mas sim por todas as calças que amo usar, todas as saias que me sinto bem, todas as blusas - inclusive “podrinhas” que jogo com uma calça de marca - que me valorizam, todos sapatos que não me apertam os pés, aqueles abrigos confortáveis que coloco com camisa blaser e scarpin e que me sinto elegante.


E isso me trouxe não só um novo olhar de moda, de estilo e de visual para estar em casa, me trouxe a liberdade de escolha.


Hoje, além de me vestir para estar em casa, me permito pausas frequentes entre uma atividade de trabalho e outra, sento ao sol para um cafezinho no meio do horário de trabalho, dou uma pausa para contemplar o dia. Um cuidado especial com uma pessoa importante na minha vida – EU.


A pandemia trouxe a nós além de tristeza muitos desafios, estar em casa foi uma oportunidade de aprimorar essa mudança que já havia iniciado, de ser obrigada a parar para valorizar aquilo que ainda faltava, de parar para um abraço, de desligar o telefone para uma brincadeira com o filho, de aprender sobre um jogo eletrônico nada a ver apenas para acompanhar o interesse do outro filho, de usar as roupas em casa, aquelas roupas que falamos, e se preferir um pijama – afinal tem dias que a gente quer mais é estar de pijama mesmo, invisto nos meus pijamas kkkk e dou um toque especial neles. Colocar os pés para cima para saborear aquele chá que há tanto tempo estava no armário com aquela xícara linda que havíamos recebido de presente.


Perceber-se, manter o que te traz alegria, buscar crescer sempre, sem desviar-se dos seus princípios, pois eles que te trarão a tranquilidade do sucesso. Permita-se, ouse estar em sintonia com quem você realmente é, e lembre-se: o seu interior refletirá no seu exterior. Por isso gosto de me colorir!!!


Abraços da Oliveira

 
 
 

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Sou Márcia Afonso, uma escorpiana que cinquentou e resolveu se aventurar nas mídias digitais, a fim de apresentar conteúdos de uma vida com significado. Compartilhar conhecimento e experiências é o objetivo desse blog.

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